Zorrinho diz que o PS está "preparado para governar". Com Seguro? Com os restos do socratismo que suspiram pelo regresso do chefe? Disparate: o PS não está preparado para governar - mas está preparadíssimo, como sempre, para SE governar.
Zorrinho diz que o PS está "preparado para governar". Com Seguro? Com os restos do socratismo que suspiram pelo regresso do chefe? Disparate: o PS não está preparado para governar - mas está preparadíssimo, como sempre, para SE governar.
De como Guadalupe Portelinha, da Associação Abril, fez o que o medíocre Nicolau Santos do Expresso não soube (ou quis) fazer:
Eu chamo particular atenção para a parte que destaquei: "Fiz uma pesquisa na internet e não aparecia o nome dele em lado nenhum. Hoje qualquer anónimo aparece e achei estranho." Já Nicolau Santos esclarece, num texto com oito pontos, que:
8. O Expresso e eu próprio assumimos este erro e iremos reforçar os mecanismos que permitam um controlo acrescido sobre a credibilidade das fontes com que lidamos diariamente.
Tem piada: se houvesse a mínima vergonha na cara, Nicolau Santos ter-se-ia demitido e o Expresso apresentaria isto no início da lista. Mas não: é o último ponto do rol, o "controlo acrescido sobre a credibilidade das fontes". O controlo acrescido, pelo que Guadalupe Portelinha mostrou, é ir a um motor de busca - uma complicação para estes jornalistas, grandes na sua própria imaginação.
Eu já critiquei o jornalismo que se faz por cá. Num mundo em que o mais valioso, para um jornal, é receber cliques vindos do Google, a qualidade daquilo que se publica deixa de importar tanto e, nessa economia de pageviews, os preços mais baixos da publicidade deixam, num mercado pequeno como o português, de suportar os custos exigidos pela investigação jornalística.
Mas o que se passou com este cavalheiro chamado Artur Baptista da Silva, que durante meses se passeou como economista, funcionário da ONU, professor universitário e sábio, dando palestras e participando em "programas de debate" na TV, não é apenas sintoma da fraca qualidade do jornalismo que temos. É também um sinal de como algum "jornalismo", mais interessado em fazer combate político do que em cumprir o seu papel, não se preocupa minimamente em escrutinar aqueles cuja mensagem serve os seus interesses.
Não percebo o burburinho gerado por este episódio Artur Baptista da Silva. Durante anos, os jornais deram cobertura e apoiaram um burlão que se auto-intitulava "engenheiro" - e não vi ainda ninguém penitenciar-se por isso.
Ana Paula Vitorino, secretária de Estado dos Transportes no consulado de Sócrates e Mário Lino, veio criticar a suspensão do TGV. Considera-a um "profundo retrocesso para a economia portuguesa".
Interessante, a desfaçatez destas gentes. Mas ainda mais interessante é este argumentário:
"o projeto (...) poderia sustentar-se economicamente por si próprio, beneficiando de fundos comunitários entretanto perdidos por Portugal."
O projecto, pelo que percebo, podia ser auto-sustentável - mas na condição de beneficiar de fundos comunitários. É um argumento genial: a sua auto-suficiência derivaria não da sua utilidade, graças aos pagamentos de quem dele usufrui, mas da sua simples existência - recebendo um subsídio por ter sido construído.
Continua a ser este, afinal, o conceito de sustentabilidade económica que as mentes socialistas abraçam. É como se fôssemos um país sustentado por mecenato.
Hoje, no périplo noticioso que habitualmente faço, fiquei a saber que, neste país, é possível atropelar alguém intencionalmente e agredi-lo com uma catana (!!) e, ainda assim, aguardar julgamento em liberdade. Viva a democracia!
Como qualquer produto cujo prazo de validade expirou há muito, Mário Soares já devia ter sido retirado da circulação pública.
Fui questionado sobre o porquê de não ter comentado as recentes actuações do velho Soares. A razão é simples de explicar: ao contrário do que acontece ou sempre aconteceu com este, eu tenho necessidade de trabalhar para sobreviver. Numa impressionante (e lamentável) demonstração de vitalidade para alguém com a sua idade, o antigo Soares fez de comentar as suas manifestações de pulhice - um trabalho a tempo inteiro. O que explica a caterva de jornalistas que o segue em procissão.
Mas tenho-o visto e lido. Principalmente lido. Li a famosa carta-aberta, que se pressente composta pelo próprio dinossauro de tão pobre é o vocabulário que já vai minguando. E, principalmente, li a mais recente homilia publicada no DN.
Sobre ele e esta, Duarte Marques, líder da JSD, afirmou:
"Em Portugal, a Mário Soares parece que tudo se perdoa, mas há limites para a estupidez."
Admitamos que Einstein estava errado, que eu estou errado e que Duarte Marques está certo. O problema é que mesmo havendo um limite para a estupidez humana, o que não há certamente é um limite para a vileza do obsoleto Soares - em si, a própria definição do infinito. Por isso, eu acho que Duarte Marques foi muito contido. Se eu estivesse no seu lugar, teria dito
"Em Portugal, a Mário Soares parece que tudo se perdoa, mas devia haver limites para a filha-putice".